Cientistas israelenses criam nanoímãs para restaurar células nervosas

Pesquisadoras da Universidade Bar-Ilan de Israel criaram nanoímãs capazes de restaurar células nervosas danificadas, disseram os cientistas na terça-feira. 

A professora Orit Sheri e a aluna de doutorado Reut Plen, da Faculdade de Engenharia Kofkin de Bar-Ilan, desenvolveram uma nova técnica que repara neurônios danificados por doenças degenerativas ou lesões. Usando nanotecnologia e manipulações magnéticas, elas criaram uma das abordagens mais inovadoras para a criação de redes neurais.

"Este método abre caminho para a criação de arquitetura de células 3D em uma escala personalizada para uso em bioengenharia, aplicações terapêuticas e de pesquisa, tanto dentro quanto fora do corpo", disse Plen.

O método permite que as células se desenvolvam em neurônios maduros em poucos dias. Através das manipulações magnéticas, os cientistas criaram “mini-cérebros” tridimensionais, que eles descrevem como “redes neurais funcionais e multicamadas que imitam elementos encontrados no cérebro de mamíferos”.

"Como as redes neurais 3D que criamos simulam propriedades inatas dos tecidos cerebrais humanos, elas podem ser usadas como 'mini-cérebros' experimentais e servir como modelo para o estudo de drogas medicinais, para investigar a comunicação entre os tecidos e como uma forma de construir redes artificiais para interfaces entre engenharia e componentes biológicos”, explicou Plen. 

“A vantagem de usar esse método é que os campos magnéticos podem afetar as células localizadas no interior do corpo de maneira não invasiva”, acrescentou.

A Food and Drug Administration dos EUA já aprovou o uso de nanopartículas magnéticas para fins de diagnóstico e imagem e em casos de lesões graves. Os cientistas israelenses acreditam que sua descoberta cria uma oportunidade para o avanço da tecnologia para uso clínico futuro.

Matéria retirada do portal I24News.